Estava sentada fitando o nada. Foi quando derrepente vi uma figura estranhamente familiar surgir. Senti minhas pupílas dilatarem e meus batimentos aumentarem em um ritmo progressivo. Seu all star xadres cinzento, aquela calça jeans azul forte, marcando suas finas pernas que se movimentavam, sua blusa estampada de um lp e seus cabelos pretos e finos que voam sutilmente com seu andar cauteloso e ágil. Mas era um movimentar rápido, transformado, como se não houvesse gravidade. O tempo tinha se retardado. E meu sorriso veio atona,instantaneamente. Que vontade que eu tive de correr e abraçar o nada como naqueles dias de metrô. Abraçar e sentir o tudo desaparecer sem que eu percebesse. E aquele segundo que se metaforizara em um segundo imaginário me mostrava a realidade. No mesmo momento em que te vi, vi o nada.
Não há nada.
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