quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sobre rosas vermelhas.

Queria encantar-te.
Ser a menina dos olhos teus.
Entusiasmar sua alma.
Enfeitiçar seu sentidos e iludir seu coração. Manipular seus desejos.
Não sou francesa, nem vivo nas músicas do passado.
Não sou tão cult quanto queria, ou tão engraçada a ponto de te surpreender.
Mas na ausência dos minutos, aquela menina invadiu seus gostos e dominou sua imaginação.
No reflexo de seus olhos, naquela tarde.
Suas pupilas contraídas me contaram seus segredos.
Vi meu reflexo solto nos seus sonhos escuros.
No vento.
Aquela menina se transformou, sem saber.
Passou pela strepetese da alma.
Sem ao menos se notar, agora está se vendo em seu sorriso despreocupado.
Aquelas grandes asas longas com penas brancas envolvem sua pele queimada do sol. Não quero os olhares de outros seres,
nem outros amores,
poesias.
Ela aprendeu a despertar algo novo em pequenos cantos teus.
'' Não há razão nas coisas feitas pelo coração ''
Insistir em gostar do inverso.. que irracionalidade, mas ao mesmo tempo..
Que sensação gostosa.
Experimentar o proibido.
O tédio me persegue quando estou nos olhos não-seus.
Meu menino, aeroporto de olhares meus.
Meus limites já podem superar sua facilidade com o emprecionar-se.
Caminhando contra o vento sem lenço,
sem documento.
Nada no bolso ou nas mãos.
Vou percorrendo as longas estradas da contradição e da loucura.
Da suculenta loucura do amar.
Uma rosa vermelha perdida nos cantos de uma rodoviária.
Ainda está em suas mãos.

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