quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sobre uma inexistência escura.

Naquele minuto,decidiu o seu destino.
Seus ouvidos lhe contavam palavras com espinhos escondidos.
Tão neutralizada. Um rosto sem expressão,respousando nas frias mãos.
Olhares vagos e sem vida.
Existência? Que existência?
Viver por obrigação? Ora,francamente.
Nenhuma exaltação,nenhum aceleramento cardíaco.
Muito estranho.
Algo semelhante a uma morte lenta.
Apáticatimente transparente.
Oca por si só.
Sons adormecidos em sua boca triste.
Pensamentos imobilizados.
Muitos deles ainda caminhavam pela mente,mas estavam tão cansados de existirem.
O desapego chegara? Ou era a tristeza disfarçada de isolamento?
Derrepente,o que mais desprezava tornou-se alma sua.
Solidão.
Oh,solidão..quem diria que seria você quem me acolheria da desilução do mundo?
Me acolheria do decepcionamento das falsas e dissimuladas alegrias.
A hipocrisia vivi sorrindo para mim,e você solidão a afasta com seu rosto gelado.
Mas não sinto que devo te agradecer, mesmo sabendo que a morte é digna de agradecimento.
Continuo te desprezando,por mais que insista em me proteger.
Estou dormindo nos braços do esquecimento.
Meu berço é escupindo por pedras.
Lisas pedras acizentadas.
Não se iluda, não há beleza nelas.
Elas não aprenderam o mistério dos sonhos.
Até mesmo os pequenos e esboçados sorrisos plásticos se manifestam com pouca frequência.
Não quero encontrar a tristeza nos olhos de quem vejo
Ela mora em minhas pupilas.
Confusas.
Onde estão meu olhos? Eles se perderam?
Ou foram perdidos?
Para que adianta palavras mudas a ouvidos cegos?
Talvez tudo seja a sombra dos dias tentando me engulir.
A pergunta é : '' hoje devo permitir? ''
É irritante minhas constantes contradições, não vai demorar muito até alcançar a loucura.
Buscar felicidade e sofrimento é uma estupidez.
Sorrir e chorar.
Por que não me resumo a um apenas?
Que seja a alegria,mesmo que seja falsa.
Felizes aqueles que são ignorantes..e que não enxergam a cara feia das coisas.
Afagoda no lago profundo da noite, ainda é visível um feixe de luz.
A imagem das mãos enrudas e embaçadas que afundam buscam aquele..
Aquele feixe de luz envelhecido..
Lá e de volta a minha velha caverna.

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